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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016
"INCRÍVEL" Causa-chave da doença de Parkinson pode ser tratada
Um novo estudo australiano que modela os estágios iniciais da doença de Parkinson deu aos pesquisadores uma visão das causas da doença e um possível tratamento. “Nós mostramos como a inflamação no cérebro está relacionada ao desenvolvimento da doença de Parkinson, e nós identificamos um potencial mecanismo que pode prevenir esta inflamação”, diz o autor principal Dr. Nic Dzamko, pesquisador da Faculdade de Medicina na Universidade de Nova Gales do Sul, em Sydney.
Um novo estudo australiano que modela os estágios iniciais da doença de Parkinson deu aos pesquisadores uma visão das causas da doença e um possível tratamento. “Nós mostramos como a inflamação no cérebro está relacionada ao desenvolvimento da doença de Parkinson, e nós identificamos um potencial mecanismo que pode prevenir esta inflamação”, diz o autor principal Dr. Nic Dzamko, pesquisador da Faculdade de Medicina na Universidade de Nova Gales do Sul, em Sydney.
“Este é o resultado de quatro anos de trabalho, e estamos muito animados com os resultados, que oferecem esperança e introduzem um novo alvo para a pesquisa terapêutica, na qual estamos trabalhando agora”, diz o Dr. Dzamko.
A doença de Parkinson é a segunda condição neurológica mais prevalente após a demência. Ela é caracterizada pelo acúmulo anormal no cérebro de uma proteína chamada α-sinucleína, bem como pela perda de células produtoras de dopamina em uma área do cérebro conhecida como substância negra. A perda dessas células provoca os sintomas de Parkinson, incluindo tremores, rigidez, lentidão de movimento e perda de controle motor fino.
TLR2
A equipe de pesquisas da Neuroscience Research Australia (NeuRA), que conduziu o estudo, utilizou tecnologia de células estaminais pluripotentes para transformar as células da pele humana em células neuronais, a fim de compreender os efeitos da inflamação no cérebro. “Embora as causas exatas da doença de Parkinson sejam desconhecidas, as evidências sugerem que a inflamação desempenha um papel importante no desenvolvimento da doença”, explica Dzamko.
O cérebro usa receptores do tipo Toll (TLR, na sigla em inglês) para detectar patógenos e regular inflamações decorrentes de imunidade comprometida. Uma consequência da ativação dos TLR é a produção de α-sinucleína, que é responsável pela criação de “aglomerados” de corpos de Lewy, uma característica da doença de Parkinson.
“Nós descobrimos que um receptor de tipo toll em particular, o TLR2, é encontrado em grande quantidade em neurônios de cérebros com tecido cerebral pós-mortem com a doença de Parkinson, o que nos dá novas informações. Considerando que os neurônios acumulam α-sinucleína na doença de Parkinson, os nossos resultados sugerem que o TLR2 é de importância central para compreender como a doença começa”, aponta o pesquisador.
Inflamação é causa da doença
Usando células-tronco, os pesquisadores ativaram o TLR2, que criou uma resposta inflamatória que aumentou os níveis de α-sinucleína, sugerindo que a inflamação é uma causa, pelo menos em parte, da doença de Parkinson. “Dado que fomos capazes de encontrar essa associação no tecido cerebral post-mortem, e então modelar essa relação na cultura de tecidos, estamos confiantes de que entendemos um processo-chave no desenvolvimento do Parkinson”.
A equipe também introduziu um fármaco que inibiu o TLR2, o que impediu o aumento de α-synucleina ‘aglomerando-se’ nos neurônios derivados de células-tronco, sugerindo que este é um alvo para mais pesquisas dentro de intervenções terapêuticas. “A próxima etapa será identificar um fármaco que pode ser usado em testes em seres humanos, que atue no caminho que identificamos e impeça o aumento de α-sinucleína ativada pelo TLR2”. [Medical Xpress]
Fonte: Hype Science - http://hypescience.com/tratamento-parkinson/
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