sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Gene ligado ao Parkinson pode ajudar no desenvolvimento de tratamento, diz estudo

Gene ligado ao Parkinson pode ajudar no desenvolvimento de tratamento, diz estudo


Tratamento experimental para quem tem forma hereditária da doença pode funcionar em outros pacientes. Doença afeta cerca de 10 milhões de pessoas no mundo.








m estudo descobriu que um gene ligado ao Mal de Parkinson pode ajudar no desenvolvimento de um tratamento que pode beneficiar a maioria das pessoas que têm a doença.
Acreditava-se que o gene, chamado LLRK2, causaria a doença apenas quando mutado, mas os pesquisadores descobriram que ele pode ser igualmente significativo na forma não-hereditária da doença, de acordo com o estudo publicado hoje na revista "Science Translational Medicine" e desenvolvido pela Faculdade de Medicina da Universidade de Pittsburgh e UPMC.
"Esta descoberta é extremamente importante para a doença de Parkinson, porque sugere que as terapias atualmente sendo desenvolvidas para um pequeno grupo de pacientes podem beneficiar todos os portadores da doença", disse J. Timothy Greenamyre, um dos autores do estudo.
O Parkinson afeta um milhão de pessoas nos EUA e até 10 milhões em todo o mundo e não tem causa conhecida, mas acredita-se que envolva fatores genéticos e ambientais. É uma doença neurológica, degenerativa, crônica e progressiva que afeta o sistema nervoso podendo causar tremores, rigidez e até demência, em alguns casos.
Em 2004, os pesquisadores descobriram que as mutações no gene LRRK2 (comumente conhecido como "Lark2"), superativaram a proteína e causaram Parkinson em um pequeno grupo de pessoas, muitas vezes de forma hereditária. No entanto, a proteína LRRK2 é difícil de estudar porque está presente em quantidades extremamente pequenas nas células nervosas que são afetadas no Parkinson.
Outra descoberta importante do estudo foi que ele conectou duas proteínas que foram reconhecidas separadamente como importantes agentes causadores de Parkinson - LRRK2 e alfa-sinucleína. O acúmulo de alfa-sinucleína leva à formação de estruturas chamadas "corpos de Lewy", uma característica do Parkinson.
Embora esforços enormes tenham sido focados na alfa-sinucleína, a causa de seu acúmulo ainda é pouco compreendida.
Usando roedores com Parkinson induzido, Greenamyre e sua equipe descobriram que a ativação de LRRK2 bloqueava os mecanismos que as células usam para eliminar o excesso de alfa-sinucleína, levando diretamente ao seu acúmulo.
Os pesquisadores então trataram os animais com uma droga atualmente sendo desenvolvida para tratar pacientes com Parkinson hereditário, bloqueando a atividade de LRRK2. A droga impediu o acúmulo de alfa-sinucleína e a formação de corpos de Lewy.
"O LRRK2 une as causas genéticas e ambientais do Parkinson, já que pudemos mostrar que fatores externos como o estresse oxidativo ou toxinas podem ativar o LRRK2, que pode causar a formação de corpos de Lewy no cérebro", observou o principal autor do estudo, Roberto Di Maio.
No futuro, Greenamyre espera aproveitar esses achados para descobrir como a neurodegeneração causada pela superativação de LRRK2 pode ser evitada e identificar como o estresse oxidativo e as toxinas ambientais causam a ativação de LRRK2.

FONTE: g1 BEM ESTAR

Combater o desequilíbrio e a rigidez muscular dos doentes de Parkinson

Combater o desequilíbrio e a rigidez muscular dos doentes de Parkinson



Os benefícios são evidentes, mas Josefa Domingos, responsável, no Bounce, pela fisioterapia de seis doentes com Parkinson, ainda está na fase de investigação. À DN Life, a especialista diz não ter dúvidas sobre as vantagens do trampolim. Texto de Alexandra Pedro | Fotografia DR O ioga melhorou a estabilidade da postura, a capacidade de andar e reduziu o risco de cair, de doentes com Parkinson, de acordo com um estudo publicado recentemente na Evidence-based Complementary and Alternative Medicine. O programa de oito semanas mostrou melhorias naquelas que são duas das maiores debilidades deste tipo de doentes: a marcha e o [...]
aparece primeiro em DN Life.
Para saber mais clique aqui: life.dn.pt

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Novo tratamento pode reparar qualquer tecido do corpo e pode ser uma opção para o Parkinson

 Universidade de Harvard e Universidade de Otago fazem parte do projeto

Novo tratamento pode reparar qualquer tecido do corpo e traz esperanças, no tratamento do parkinson, veja no vídeo abaixo:






sábado, 28 de julho de 2018

CANABIDIOL MITOS E VERDADES

CONHECENDO MELHOR O CANABIDIOL (CBD)


O canabidiol parece ser o assunto mais comentado no momento, entre nós parkinsonianos, mas quanto sabemos realmente sobre ele.

Cannabis sativa (maconha) possui mais ou menos 400 substâncias, entre elas o Canabidiol (CBD não alucinógeno)  e o  THC (tetra-hidrocarbinol que é alucinógeno). Isto posto, fica completamente clara a função terapêutica do CBD! 
Apesar disso, o canabidiol é alvo de muita polemica e preconceito, para rebater isto, podemos nos amparar nos casos em que a medicina usa a morfina, para tratar dores extremas. Entretanto, uso ou não do CBD não deve ser baseado, desejos pessoais, polemicas, preconceitos ou convicções e sim na prescrição médica!    

*Conhecendo melhor a pesquisa  e pesquisador por trás do CBD*

Em meados de 2014, muito se noticiou a respeito do CBD (Estudo aponta eficácia do canabidiol em pacientes com mal de Parkinson  Novo tratamento com canabidiol é eficaz em pacientes com Parkinson), ouvi até, o absurdo que maconha curava o Parkinson! A mídia fazendo pirotecnia, mas na realidade, até hoje muito se fala e pouco se aprofunda no assunto! 
Vamos mais fundo então?
Bom a pesquisa é realizada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) , ou seja, a USP de Ribeirão Preto. 
O INICIO: As pesquisas com o canabidiol começaram com um “experimento gastronômico”, no início dos anos 1960, quando o bioquímico israelense Raphael Mechoulam resolveu testar seus achados. Mechoulam, que havia elucidado estruturas químicas de vários compostos da maconha, testou em seus amigos os efeitos de cada substância misturada à massa de bolos preparados por sua esposa.
Foi então que Mechoulam observou que apenas os convidados que ingeriram bolo com a substância THC (tetrahidrocanabinol) apresentaram os efeitos típicos da droga. “Ficaram chapados”, na linguagem popular. No entanto, a ação farmacológica antiepilética do canabidiol seria descoberta pelo cientista brasileiro Elisaldo Carlini, na década de 1970, e confirmada em humanos, em 1980.
Quase 40 anos mais tarde, o professor Antonio Waldo Zuardi, do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da FMRP, juntamente com o professor da FMRP Jose Alexandre Crippa e os professores Jaime Eduardo Hallak, também da FMRP e Flavio Kapczinski, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Conduzem as pesquisas.
No incio de 2017, foi anunciado o primeiro centro de pesquisa em canabidiol do pais, USP em Ribeirão Preto!
Em 03/2018 segundo matéria de gauchazh.saudea ULBRA, faculdade de Medicina da Universidade Luterana do Brasil, anuncia a intenção de realizar pesquisas com CBD. 
Os estudos clínicos, se aprovados pela comissão de ética da faculdade — processo em que se encontra agora —, devem ser realizados em 120 pessoas com Parkinson em diversos Estados brasileiros. Eles devem ser divididos em três grupos: um que receberá placebo, outro em que serão administradas doses de canabidiol e um terceiro que receberá uma pequena quantidade de tetraidrocanabinol (THC), princípio ativo da erva, junto com o canabidiol, para avaliar seus efeitos. Estudos dirigidos pelo Dr. Jorge Luiz Winckler, professor regente de Neurologia na Ulbra.

Conclusão

Pesquisei bastante, li muito sobre o assunto CBD, logo conheço melhor agora do que antes!
O CBD não é a solução de todos os problemas de nós portadores, não é um substituto da Levodopa ou coisa assim, porém é uma opção de muito importante para a melhoria da nossa qualidade de vida! Eficaz, seguro e bem tolerado pelo organismo, inclusive apresenta infinitamente menos efeitos colaterais, em relação ao portfólio tradicional de medicamentos, segundo o professor José Alexandre Crippaa. Os pontos negativos do uso do CBD, são o preconceito, que acontece por pura ignorância, pois, CBD é totalmente diferente de THC, mas os apedeutas, desprovidos de bom senso que desconhecem tanto a substância e seus efeitos quanto a realidade dos pacientes que necessitam fazer uso dessa substância em busca de um pouco de qualidade de vida! Outro ponto negativo é o preço alto e o descaso da ANVISA, Ministério da saúde e do governo como um todo.  
Quero ressaltar que, o único capacitado e que pode, indicar o tratamento com canabidiol ou qualquer outra substância é o seu médico que te acompanha! Mesmo os fitoterápicos ou chás, que faço uso, são do conhecimento do meu médico o Dr. Carlos Rocha.   

Bom procurei resumir o máximo, para não ficar cansativo, porém se você quer mais informações, deixo vários links abaixo, além dos que encontram-se acima, para que, faça sua própria pesquisa e tire as suas conclusões. Sem mais nada a tratar me despeço! Atenciosamente Renatão Vicente, forte abraço!    



Links: 


https://hempmeds.com.br/mal-de-parkinson-pesquisas-com-canabinoides/


https://www.youtube.com/watch?v=-v91ORik24U


https://saude.estadao.com.br/blogs/pilulas-de-saude/estudo-avalia-efeito-do-canabidiol-no-controle-da-ansiedade-e-busca-voluntarios/


https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2016/12/08/homem-usa-maconha-para-aliviar-sintomas-do-parkinson-funciona-mesmo.htm


http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/jornal-da-eptv-2edicao//videos/v/estudo-aponta-eficacia-do-canabidiol-em-pacientes-com-mal-de-parkinson/3711728/


segunda-feira, 21 de maio de 2018

Camapu induz produção de neurônios

Publicação Original de:  Jornal da Universidade Federal do Pará. Ano XXX Nº 130. Abril e Maio de 2016

Espécie de herbácea característica da Amazônia, a Physalis angulata produz um fruto amarelo, o camapu, amplamente conhecido na região. A planta tem propriedades curativas e já é, inclusive, estudada por produzir substâncias que ajudam no tratamento da leishmaniose. Recentemente, o Grupo de Pesquisas Bioprospecção de Moléculas Ativas da Flora Amazônica, da Universidade Federal do Pará (UFPA), descobriu, também, a existência de propriedades neurogênicas em substâncias produzidas pela planta.


Comprovada a eficácia da Physalis angulata, agora, o grupo irá pesquisar a capacidade produtiva da planta.

“Descobrimos que tanto o extrato aquoso da planta quanto a substância purificada apresentam atividade neurogênica, ou seja, eles estimulam o crescimento de neurônios”, explica o professor Milton Nascimento, integrante do Grupo de Pesquisa.

Com apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPESP) e do governo do Estado, o grupo, que também é composto pelos pesquisadores Alberto Arruda, Mara Arruda, Consuelo Yumiko, Gilmara Tavares, Raquel Carvalho Montenegro e José Luiz do Nascimento, além dos alunos de Pós-Graduação Danila Alves e Marcos Vinícius Lebrego, busca convencer a indústria farmacêutica da viabilidade da droga. O professor Milton Nascimento lembra, também, que os responsáveis pela pesquisa já patentearam os processos de obtenção e farmacológico, tanto no mercado nacional quanto no internacional. 

Ao relembrar o início da pesquisa, em 2011, Milton Nascimento compara os resultados obtidos pela professora Gilmara Bastos com os de Alexander Fleming, médico escocês que, acidentalmente, descobriu a penicilina. “Você faz um experimento olhando para um lado e, de repente, o experimento te revela outro, e foi o que aconteceu, especificamente, com o extrato dessa planta”, explica.
Tratando-se de uma pesquisa completamente inédita, a propriedade neurogênica da substância produzida pela Physalis angulata pode vir a ser utilizada visando à elevação das capacidades de raciocínio e de memória, além de sinalizar  uma possível reversão de morte neuronal que ocorre em pacientes com quadros de depressão, já que a substância induz o nascimento de novos neurônios. “Isso é uma coisa fantástica! O mundo vem buscando drogas capazes de induzir o crescimento neuronal”, comemora o professor.

Do laboratório para a indústria farmacêutica

Com a eficácia e a eficiência da droga comprovadas, os pesquisadores aguardam a segunda fase da pesquisa que, segundo o professor Milton Nascimento, é a saída da área acadêmica para a da indústria.
A pesquisa também deve gerar publicações, o que, na avaliação do professor, é bom para o pesquisador, para a instituição e para os programas de pós-graduação envolvidos. “O grupo todo entende essa pesquisa como algo importante para a nossa instituição e para o Estado também”, afirma.
Apesar dos avanços, ainda há muito a ser feito nessa segunda fase do projeto. No momento, os pesquisadores envolvidos estão trabalhando para oferecer mais subsídios que irão agregar valor à pesquisa. Depois de comprovados os efeitos da droga, foram levantados questionamentos relativos à capacidade produtiva da planta e a sua sazonalidade, assim como a necessidade da execução de testes clínicos.
Milton Nascimento afirma que o processo se torna ainda mais delicado por se tratar de um produto natural complexo, incapaz de ser sintetizado em laboratório, por exemplo. “Hoje, estamos fazendo o estudo de viabilidade, verificando a capacidade produtiva da planta e sua sazonalidade, com o intuito de saber quanto material orgânico pode ser gerado por hectare plantado”, exemplifica o professor.
De acordo com o pesquisador, para o estudo sazonal da Physalis angulata, é necessário avaliar o metabolismo da planta e identificar, por exemplo, se a substância isolada está presente em todo o seu ciclo vegetativo, em que momento do ciclo é atingido o auge da produção dessa substância e, assim, como observar se há diferença de comportamento nessa produção entre os períodos seco e chuvoso, típicos da região.

Grupo está “no limite da produção acadêmica”

O grupo de pesquisa encontra-se “no limite da produção acadêmica”, buscando responder aos questionamentos da indústria farmacêutica, quanto à capacidade de produção anual, à quantidade de biomassa necessária para se atingir tal produção e à área plantada exigida para se alcançar tal quantidade de biomassa. Em laboratório, só se pode manusear alguns miligramas, enquanto, para atender as demandas da indústria, a produção deve chegar à casa dos quilogramas. De acordo com Milton Nascimento, nesta etapa, o grupo pretende estabelecer parcerias, justamente para superar tais dificuldades.
“Mais do que produzir a pesquisa, queremos transformá-la em benefício: um produto da UFPA, um produto da Amazônia. Por isso, estamos buscando parcerias para responder a essas perguntas”, conclui.




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